Novo currículo do ensino médio deve ser inspirado no Enem:
O estado crítico do ensino médio brasileiro, conforme comprovaram os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb leva-nos a repensar, com urgência, mudanças curriculares no ensino de matemática para o ensino médio. Em outras épocas, o foco do ensino médio era o vestibular, principalmente os realizados pelas tradicionais instituições federais. Hoje estas instituições utilizam os resultados obtidos pelos alunos na prova do ENEM e mesmo diante do quadro atual as escolas, principalmente as públicas, continuam ensinando da mesma forma em que trabalhava focado nos vestibulares. Uma mudança de postura deve acontecer, embora estas mudanças são lentas quando referimos ao ensino público, inspiradas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que organiza o conteúdo em quatro grandes grupos: linguagens, matemática, ciências humanas e da natureza.
Estudiosos afirmam que uma grande parte dos conteúdos de matemática ensinados no ensino médio não servem para nada. Esta é uma dolorosa conclusão para quem consumiu parte de sua vida ensinando essa disciplina.
Segundo o Prof. Attico Chassot, doutor em educação, "Precisamos ensinar menos". Conclui: "Os coordenadores pedagógicos das diferentes áreas usualmente me olham com descrédito. Esse ensinar menos deve estar na busca de um equilíbrio. Talvez pudéssemos pensar em deixar as informações para ser passadas pelos vários sites de informações disponíveis nos dias de hoje. Nossos alunos e alunas, assim, não precisam aprender, por exemplo, definições do número um, se é primo ou composto, definições quase incompreensíveis para os mais expertos algebristas".
Klinger Barbosa Alves, ex-secretário de Educação do Espírito Santo – um dos estados em que a nota do IDEB caiu – alega que o mau desempenho do seu estado e dos outros se dá pela estrutura organizacional baseada na preparação para o vestibular e com pouca atratividade para o projeto de vida do adolescente.
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